Descrição - Planta longitudinal composta de nave e capela-mor, mais estreita e mais
alta, tendo adossado à fachada lateral esquerda torre sineira
quadrangular, sacristia e anexo rectangulares. Volumes articulados com
coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja, a da
capela-mor mais alta, de uma água nos anexos e de quatro na torre,
rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, a
igreja com embasamento de cantaria, à excepção da fachada principal e da
torre sineira que é em cantaria aparente, terminadas em cornija e com
cunhais coroados por pináculos piramidais sobre acrotério. Fachada
principal virada a O., terminada em empena, com cunhais apilastrados e
rasgada por portal de verga recta moldurada encimado por óculo amplo,
com moldura, exteriormente decorada com bosantes. Torre sineira de
cunhais igualmente apilastrados, coroados por pináculos semelhantes, e
de dois registos, o inferior frontalmente rasgado por vão rectilíneo e o
segundo, em cada uma das faces por sineira em arco de volta perfeita
albergando sino; a sineira lateral direita foi parcialmente entaipada
para colocar relógio circular; sobre a cobertura da torre surge cruz
latina em ferro. Fachada lateral percorrida pelos anexos, rasgados a O.
por vão rectangular moldurado, e a N. por duas portas de verga recta,
duas amplas janelas rectangulares e quatro outras pequenas, jacentes. Na
fachada lateral direita a nave é rasgada por quatro janelas rectilíneas,
molduradas e por porta travessa de verga recta com moldura encimada por
espaldar recortado, delimitado por elementos volutados, decorado por
coração inflamado e encimado por cruz latina de cantaria relevada; a
capela-mor é rasgada por janela semelhante. Fachada posterior terminada
em empena, coroada por cruz latina e rasgada por óculo circular
moldurado e anexo cego e terminado em meio empena.
Cronologia - Séc. 17 - provável construção do edifício;
1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa, era uma abadia do padroado real, com rendimento de 800$000, dos quais usufruia o Marquês de Távora, e paga 60$000 de pensão à Capela Real e pertencia ao arcebispado de Braga; a abadia recebia os dízimos da igreja de Vilar-Chão, termo de Castro Vicente; a povoação tem 150 vizinhos;
1758 - nas Memórias Paroquiais, é referido que a igreja tem três naves e cinco altares de talha; nas imediações, situa-se a residência paroquial;
1882 - a paróquia passa a estar subordinada ao bispado de Bragança;
2004, Abril - encerramento da igreja por risco de derrocada da viga central da capela-mor, passando as funções religiosas para o Centro Cultural de Alfândega da Fé.
Sem comentários:
Enviar um comentário